Prof. Maria do Carmo Teixeira Costa
É importante destacar que esta parte do
trabalho demonstra o conhecimento sobre a literatura básica que se refere ao
assunto abordado. É muito importante concentrar no título e apresentar os
conceitos que ele aborda. A escrita é característica e qualquer trabalho que apresente
esta parte terá uma forma redacional muito semelhante, só diferenciando quanto
ao assunto. A configuração demonstra que os conceitos foram explorados e a
redação representa o esforço de condensar os resultados dos estudos feitos nos
diversos autores que escrevem sobre o assunto. Por isto, a inclusão de citações
(dos três tipos) de nota de rodapé explicativa é sempre requisitada, pois
auxilia na construção de argumentos. Todos os autores citados devem ter seu
nome e o título da obra consultada registrados nas Referencias.
A redação do
Referencial Teórico permite a apresentação das teorias e seus autores, contribuindo
para embasar teoricamente a pesquisa. Para a elaboração do Referencial Teórico
é necessária uma análise comentada dos conceitos pertinentes ao tema. Isto irá
permitir consubstanciar cientificamente o trabalho, mostrando o que existe
sobre o assunto, quantas e quais pessoas escrevem sobre ele.
O objetivo da construção do Referencial Teórico
é concentrar a ênfase na temática abordada, e, através de diferentes
metodologias de pesquisa, sustentar uma argumentação pautada nos dizeres de
autores consultados.
A melhor forma de montar o Referencial Teórico
é destacando os conceitos importantes que serão tratados em cada disciplina.
Todo conceito é elaborado por um autor e o aluno, juntamente com o professor da
disciplina, escolhem previamente a literatura que será utilizada.
A seguir um breve exemplo de Referencial
Teórico, destacando conceitos sobre o tema ‘Relações de poder’.
Segundo Melo (1991), toda estrutura social é caracterizada
pela existência das relações de poder. No que se refere a essas relações a
autora revela a existência da autoridade, não só no contexto da legalidade ou
das formalidades das concepções weberianas, como também, na legitimidade das
manifestações das relações de poder entre os pares. Rocha e Melo (2001) relatam
sobre organizações que adotam a influência dos indivíduos para a construção de
um imaginário próprio, com o qual os empregados estabelecem laços de confiança.
Enriquez (2007, p. 64) identifica e descreve as figuras do
poder carismático, tecnocrático, burocrático, democrático e despótico,
indicando que em todo poder “há uma hierarquia de papéis, status,
comportamentos”. Essa hierarquia pode ser facilmente observada nas sociedades
animais, pois não se encontram sociedades animais sem regras, sem diferenciação
fixa, sem sistema de dominação. O autor observa ainda, que as relações de poder
“em função da carga emocional que lhe é inerente, parece ser embaraçosa no
dia-a-dia” (ENRIQUEZ, 2007, p. 61).
As questões relativas ao poder e aos problemas derivados
das relações de poder encontram sua trajetória pontuada por autores como Clegg
e Hardy (2001) que trazem muitos dos diferentes olhares sobre o tema.
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