quarta-feira, 22 de julho de 2015

Escola livre de música de Redenção

“CONCRETIZAÇÃO DE UMA IDÉIA: ESCOLA LIVRE DE MÚSICA DE REDENÇÃO”

Maria José Monte Holanda

Criada modestamente em 2 de abril de 2011, na cidade de Redenção, uma entidade sem fins lucrativos, vem desde então se desenvolvendo de modo animador, propiciando às crianças e jovens daquela cidade uma oportunidade única de serem incluídos no social através de um dos mais belos e sensíveis privilégios e dons dados ao ser humano, a música.

Essa instituição tem como fundadores e diretores Francisco Alberto Pinheiro, filho da terra, e sua esposa Martha Bezerra, que com disposição e generosidade estão conseguindo manter e fazer progredir de acordo com os objetivos idealizados desde o início de sua criação: promover a cultura musical e a inclusão social, aproximar a comunidade da música erudita, contemporânea e folclórica. O grupo é formado por crianças e adolescentes na faixa de 10 a 17 anos do Município de Redenção e cidades vizinhas, que conta com a possibilidade de se desenvolverem musicalmente em pelo menos dois instrumentos, dos quais sejam, violão, guitarra, contra-baixo elétrico, violino e flauta-doce.
Estivemos presentes nas primeiras apresentações com um número restrito de crianças, mas sentíamos uma esperançosa alegria do que ali estava para acontecer.
No dia 25 de abril desse ano de 2015, fomos à comemoração do 4º aniversário dessa criação e fomos surpreendidos com um número grande de apresentações regionais, brasileiras e até algumas internacionais, orquestradas e bem regidas. Para maior surpresa a apresentação de um coral também ali formado e muito bem treinado. Um show!
O local onde acontecem as aulas é um espaço simples, arborizado e aconchegante, é mais uma generosidade do casal fundador-diretor, que disponibilizou sua residência para tal.
A Escola tem como professores Vicente Teixeira, Mário Eliéser e Paula Sampietri. Conta com a colaboração financeira de alguns filhos da região.
É com orgulho que parabenizamos as pessoas envolvidas nesse digno projeto, que já conta com a aprendizagem de 90 alunos de música, jovens de todos os níveis sociais, que estão sendo preparadas também como cidadãos. 
Locais de apresentações realizadas pelo grupo: Faculdade de Filosofia de Aracati, Fábrica Fortaleza, UNILAB nas quartas culturais, na cidade de Pacoti, no Hotel Oásis em Fortaleza, Na Feira de Gastronomia do Ceará (AGACE), Concerto de Natal na praça pública de Redenção, e mais recentemente no 4º Evento Guaramiranga em Páscoa.
Essa iniciativa merece nosso respeito, orgulho, apoio e aplausos!

FONTE: O POVO

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Space en vivo spanhol

Space en vivo spanhol

Game of Thrones assistir online



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SBT Nordeste



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TV Atalaia Afiliada da TV Record



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segunda-feira, 6 de julho de 2015

Band SP ao vivo



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TV GLOBO AO VIVO


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TV Assembleia Legislativa do Ceara

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domingo, 5 de julho de 2015

TV GLOBO

Globo ao vivo – TV Online

Nova Parceria formada - BLOG DO ALEXANDRE TÁVORA

estamos construção novas parcerias desta vez é com o BLOG DO ALEXANDRE TÁVORA de Capistrano 

seja você também nosso parceiro...

visite o BLOG DO ALEXANDRE TÁVORA


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confirma alguns dos Rios do Maciço de Baturité

depois de todos estes dias de chuva confira como esta alguns dos rios de nossa região do maciço de Baturité 
 
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Rio de Baturité 

         


TV LIBERTY



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Assista estes e outros videos www.tvliberty.com.br

TV Liberty

Nova Parceria - Redenção 360º

estamos constuindo novas parcerias agora é com a pagina Redenção 360º
A função do Jornal Redenção 360° é a comunicação transparente e impessoal. Será um dos meios mais rápidos de informação dos acontecimentos de Redenção.


venha ser nosso parceiro também

Curta nossa pagina Portal Maciço de Baturité 



Noite de muita chuva no maciço de Baturité em julho de 2015

Resultado das últimas chuvas no maciço.
CE 065 entre Guaramiranga e cruz.

sábado, 4 de julho de 2015

Antônio Cláudio integra lista dos melhores Prefeitos do Ceará 2014/2015



A PPE - Publicidade, Promoções e Eventos, capitaneada pelos empresários Roberto Cavalcante Farias e Leonardo Farias, acaba de anunciar a lista de 35 considerados "os Melhores Prefeitos do Ceará 2014/2015".
A escolha foi feita por uma Comissão com 33 componentes e mais 61.928 votos consignados pela internet. 
A Comissão Apuradora, sob o comando do Dr. Irapuan Aguiar e integrada por Dr. Lindoldo Cordeiro Filho, da Assembleia Legislativa; jornalista Kelly Castro, do setor de comunicação do TCE (Tribunal de Contas do Estado); Leonardo Farias e o jornalista Antônio Viana.
Entre os agraciados foram os mais votados, empatados com 23 votos, os prefeitos Guilherme Landim (de Brejo Santo) e Patrícia Aguiar(de Tauá). 
Da lista fazem parte municípios bem conhecidos pela postura de seus administradores, sempre considerados bons gestores como é o caso de:


Brejo Santo, Tauá, Camocim, Fortaleza, Granja, Palhano, Aracoiaba, Horizonte Maranguape, Milagres, Morada Nova, Sobral, Caririaçu, Novo Oriente, Quixeramobim, Reriutaba, Orós, Mombaça, Parambu, Boa Viagem, Chaval, Solonópole, Cedro, Maracanaú, São Gonçalo do Amarante, Várzea Alegre, Viçosa do Ceará, Jaguaribe, Russas, Acopiara, Massapê, Iguatu, Piquet Carneiro, Uruburetama e Caucaia.

Informações: Assessoria de Comunicação Prefeitura de Aracoiaba

Fontes:
ARACOIABA NEWS
blog de noticias do parceiro 


Como criar uma caixa com código do seu banner (link-me)

É comum vermos em blogs uma caixa contendo o código HTML de um banner de divulgação. É uma forma de fornecer para parceiros e afins um meio de divulgação do seu blog. Ou seja: Se você visita um blog, gosta e tem interesse em compartilhar esse conteúdo de qualidade aos seus leitores, basta copiar esse código e colocar no layout. Também é uma maneira de troca, você divulga um blog e esse blog divulga o seu, chamamos isso de “parceria”.
Colocar essa caixa chamada “Link-me” é muito simples, siga os passos e aprenda a colocar uma em seu blog:
1) Crie seu banner da maneira que quiser e do tamanho que quiser. Minha dica é criar algo bem simples, limpo e bem leve.
Obs.: O tamanho mais usado na blogosfera é 120pixels de largura por 60 pixels de altura.
2) Hospede a imagem em algum servidor e guarde o link. Exemplo: No Blogger, servidor próprio, DropBox;
3) Pegue o seguinte código abaixo e faça as alterações necessárias:
<div align="center"><img src="URL_DA_IMAGEM"/><br/>
<textarea cols="15" rows="3" onfocus="this.select()" onmouseover="this.focus()" name="textarea" style="width:80%;">
&lt;a href="URL_DO_BLOG" target="_blank">&lt;img src="URL_DA_IMAGEM" title="NOME_DO_BLOG" alt="URL_DO_BLOG" style="border:0;"/&gt;&lt;/a&gt;
</textarea>
</div>
– NOME_DO_BLOG: Coloque o nome do seu blog;
– URL_DO_BLOG: Coloque o domínio do seu blog (fique atento que são dois campos no código);
– URL_DA_IMAGEM: Coloque o link da imagem hospedada (seguindo passo 2).
4) Agora adicione onde você quiser divulgar o código. Caso você queira adicionar na sidebar (barra lateral) do seu blog, siga as instruções para Blogger ou WordPress:

Blogger

1) Faça login no Blogger, entre em “Layout”, crie um novo widget clicando em “Adicionar um Gadget” e escolha a opção “HTML/JavaScript”;
2) Cole o código com as alterações feitas e salve.

WordPress

1) Faça login em seu blog, entre em “Aparência” -> “Widgets”;
2) Adicione um novo widget do tipo “Texto”, cole o código já modificado e salve.

Trabalho feito!

Esse código que disponibilizei aqui é bem completo, pois ao passar o mouse sobre a caixa, todo o código é selecionado, basta copiar e colar onde quiser.
Agora que você já inseriu o widget link-me em seu blog, aproveite e coloque nosso banner (localizado no final da página) ou link em sua página. Agradecemos a divulgação.

FONTE: Códigosblogs

Maciço de Baturité no Ceara


E quando um extremista como o que ameaçou Dilma nos EUA tiver uma arma? Por Kiko Nogueira

Postado em 03 jul 2015
Igor Gilly
Igor Gilly

Você não precisa ser um especialista em psicologia das massas para perceber que o ambiente carregado de ódio no Brasil necessita de uns poucos fósforos a mais para acabar em desastre.
O revoltado on line que assediou Dilma em sua visita aos EUA é mais um caso em que cabe a pergunta: falta uma tragédia ocorrer para alguém tomar uma atitude?
A segurança da presidente, como de resto parte do governo, vive na Islândia. Um fulano com um boné ridículo, monoglota, entra na Universidade de Stanford junto com a comitiva presidencial brasileira e dois cúmplices numa boa.
Posta-se num corredor. Quando ela passa, o sujeito grita: “assassina”, “ladra”, “comunista de merda”, “pilantra”. E então ameaça: “Terrorista que rouba a população tem mais é que ser morto”.
Falou, seguiu o grupo, fez o diabo até ser retirado por gente da universidade. Não sem antes ouvir do ministro da Defesa, Jaques Wagner, uma blague: “Está com muito dinheiro do papai no bolso?”
Esses tipos serão combatidos com piadas, portanto. Se for dinheiro do papai no bolso, este será o menor dos problemas. E quando for uma arma?
O nome do rapaz é Igor Gilly e ele é mais um genérico de revoltado on line. Sua dieta é a mesma de tantos cretinos que perderam a modéstia e que ganharam voz com as redes sociais, sendo seguidos por outros cretinos.
Seu Facebook mostra tudo: mora em San Francisco, sem ocupação definida, classe média, fã de Bolsonaro, a favor da intervenção militar, paranoico com o Foro de São Paulo, dizimista de Olavo de Carvalho.
Enfim, o pacote completo do idiota. Mas um idiota perigoso. Um idiota que vê que nada acontece por aqui com quem incita abertamente a violência e o assassinato.
O resultado de uma nação em que um policial federal pratica tiro ao alvo com uma foto da presidente e é parabenizado. Em que um apresentador de TV milionário, que passa boa parte do ano em Miami, faz discursos para seu público dominical dizendo que a única coisa organizada no Brasil é o crime e que somos o lugar da desesperança.
Em que alguém considera normal vender um adesivo de carro com uma sexagenária de pernas abertas. Se for a mãe dele, tudo bem. Se for a presidente, dane-se. Um energúmeno que, diante da total inação de seu “inimigo”, encontrará ainda uma maneira de cumprir a profecia segundo a qual “terrorista que rouba a população tem mais é que ser morto”.
Igor já está dando entrevistas no papel de heroi da pátria, se regozijando de sua esperteza ao enganar todo o mundo. “Isso é só o começo”, disse ao iG. “Gostaria de agradecer todos os brasileiros que estão me dando apoio, estou recebendo a cada segundo milhares de mensagens. Obrigado pelo carinho do pessoal por falarem que representei o povo brasileiro”.
Tudo em nome do republicanismo.

“Grandes grupos econômicos estão ditando a formação de crianças e jovens brasileiros”

Em entrevista exclusiva, novo reitor da UFRJ, Roberto Leher, aponta os impactos da lógica mercantilizada sobre a educação brasileira e aponta que como grupos financeiros tentam dominar a educação pública.

roberto-leher1.jpg
Por Luiz Felipe Albuquerque
Do Brasil de Fato


Um grande negócio. É assim que o novo reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher, enxerga o novo momento da educação brasileira.


Em entrevista ao Brasil de Fato, o professor titular da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRJ traça um panorama do atual estágio da educação no Brasil, e as conclusões não são nada animadoras.


Para Leher, que tomará posse nesta sexta-feira (3), os recentes processos de fusões entre grandes grupos educacionais, como Kroton e Anhanguera, e a criação de movimentos como o Todos pela Educação representam a síntese deste processo.


No primeiro caso, ocorre uma inversão de valores, em que o primordial não é mais a educação em si, mas a busca de lucros exorbitantes por meio de fundos de investimentos. No segundo, a defesa de um projeto de educação básica em que a classe dominante define forma e conteúdo do processo formativo de crianças e jovens brasileiros.


O movimento Todos Pela Educação é uma articulação entre grandes grupos econômicos como bancos (Itaú), empreiteiras, setores do agronegócio e da mineração (Vale) e os meios de comunicação que procuram ditar os rumos da educação no Brasil.


Para o professor, o movimento se organiza numa espécie de Partido da classe dominante, ao pensarem um projeto de educação para o país, organizarem frações de classe em torno desta proposta e criar estratégias de difusão de seu projeto para a sociedade.


“Os setores dominantes se organizaram para definiram como as crianças e jovens brasileiros serão formados. E fazem isso como uma política de classe, atuam como classe que tem objetivos claros, um projeto, concepções clara de formação, de modo a converter o conjunto das crianças e dos jovens em capital humano”, observa o professor.


Confira a entrevista:


Muitos setores denunciam a atual mercantilização da educação brasileira. O que está acontecendo neste setor?


De fato há mudanças no que diz respeito a mercantilização da educação, diferente do que acontecia até 2006 no Brasil. Os novos organizadores dessa mercantilização são organizações de natureza financeira, particularmente os chamados fundos de investimento.


Como o próprio nome diz, os fundos de investimentos são fundos constituído por vários investidores, grande parte estrangeiro, como fundos de pensão, trabalhadores da GM, bancos, etc, que apostam num determinado fundo, e esse fundo vai fazer negócios em diversos países.
    

Em geral, os fundos fazem fusões, como é o caso da Sadia e Perdigão no Brasil. Mas é o mesmo grupo que também adquiri faculdades e organizações educacionais com o objetivo de constituir monopólios.


Esse processo levou a Kroton e a Anhanguera - fundo Advent e Pátria - a constituírem, no Brasil, a maior empresa educacional do mundo, um conglomerado que hoje já possui mais de 1,2 milhão de estudantes, mais do que todas as universidades federais juntas.


O que muda com essa nova forma de mercantilização da educação?


O negócio do investidor não é propriamente a educação, é o fundo. Ele investiu no fundo e quer resposta do fundo, que cria mecanismos para que os lucros dos setores que eles estão fazendo as aquisições e fusões sejam lucros exorbitantes. É isso que valoriza o fundo.


A racionalidade com que é organizada as universidades sob controle dos fundos é uma racionalidade das finanças. São gestores de finanças, não são administrados educacionais. São operadores do mercado financeiro que estão controlando as organizações educacionais.


Toda parte educacional responde uma lógica dos grupos econômicos, e por isso eles fazem articulações com editoras, com softwares, hardwares, computadores, tablets; é um conglomerado que vai redefinindo a formação de milhões de jovens.


No caso do Brasil, cinco fundos têm atualmente cerca de 40% das matrículas da educação superior brasileira, e três fundos têm quase 60% da educação à distância no Brasil.


Quais os interesses dessas grandes corporações para além do econômico?


A principal iniciativa dos setores dominantes na educação básica brasileira é uma coalizão de grupos econômicos chamado Todos pela Educação, organizado pelo setor financeiro, agronegócio, mineral, meios de comunicação, que defendem um projeto de educação de classe, obviamente interpretando os anseios dos setores dominantes para o conjunto da sociedade brasileira.


Em outras palavras, os setores dominantes se organizaram para definiram como as crianças e jovens brasileiros serão formados. E fazem isso como uma política de classe, atuam como classe que tem objetivos claros, um projeto, concepções clara de formação, de modo a converter o conjunto das crianças e dos jovens em capital humano.


Em última instância, é com isso que eles estão preocupados: em como fazer com que a juventude seja educada na perspectiva de serem um fator da produção. Essa é a racionalidade geral, e isso tem várias mediações pedagógicas.


A aparência é de que estão preocupados com a alfabetização, com a escolarização, com o aprendizado, etc. E de fato estão, mas dentro dessa matriz de classe, no sentido de educar a juventude para o que seria esse novo espírito do capitalismo, de modo que não vislumbrem outra maneira de vida que não aquela em que serão mercadorias, apenas força de trabalho.
 

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De que maneira eles interferem nas políticas educacionais do Estado?


Como sociedade civil, os setores dominantes buscam interferir nas políticas de Estado. OTodos pela Educação conseguiu difundir a sua proposta educativa para o Estado, inicialmente por meio do Plano Nacional de Educação (PNE) - que aliás foi homenageado com o nome Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, em referência ao movimento. Com isso definiram em grandes linhas o que seria o PNE que está vigente.


Articulam por meio de leis, mas também da adesão de secretários municipais e estaduais às suas metas, aos seus objetivos. Articulam com o Estado, que cria programas, como o programa de ações articuladas, em que a prefeitura, quando apresenta um projeto para o desenvolvimento da educação municipal, tem que implicitamente aderir às metas do movimento Todos pela Educação.


Temos um complexo muito sofisticado que interage as frações burguesas dominantes, as políticas de Estado e os meios operativos do Estado para viabilizar esta agenda educacional.


Mas como se dá isso na prática?


Quando um município faz um programa de educação para a sua região, ele já deve estar organizado com base no princípio de que existe uma idade certa para educação, que os conteúdos não devem se referenciar nos conhecimentos, mas sim no que eles chamam de competências, que o professor não deve escapar deste currículo mínimo que eles estão desenvolvendo por meio de uma coerção da avaliação.


A escola que não consegue bons índices no Idep [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] é penalizada, desmoralizada, sai nos jornais, e isso cria um constrangimento que chega ao cotidiano da sala de aula, e as prefeituras pressionadas por esses índices acabam sucumbidos às fórmulas que o capital oferece. A mais importante delas é comprar sistemas de ensino, apostilas, que são fornecidos pelas próprias corporações.


O professor está em sala de aula, recebe apostilas, exames padronizadas que foram feitos pela corporação, e na prática, ao invés do professor desenvolver um papel intelectual, criador, ele tem que ser muito mais um aplicador das cartilhas, um entregador de conhecimento, e isso obviamente esvazia o papel do professor que tem consequências diretas com o processo de formação.


A formação esperada do educador não é uma formação enquanto intelectual, mas sim como alguém que sabe desenvolver técnicas para aplicar aquelas pacotes que as corporações preparam.


E há resistências a isso?


Existe um complexo de situações onde as resistências, as tensões são muito grandes, o que traz infelicidade aos professores e aos estudantes, mas tudo isso é muito difuso. As resistências acontecem na forma de lutas sindicais, quando fazem greve criticando a chamada “meritocracia”, os sistemas de avaliação.


Aparecem aqui e ali, mas é forçoso reconhecer que existe um complexo de controle sobre as escolas que restringem muito a margem de manobra dos trabalhadores da educação para desenvolverem um projeto pedagógico autônomo e crítico.


Essa situação é agravada quando a própria direção da escola, que deveria pensar como a escola se auto governa, vem sendo ressignificada como um papel de gestão. O diretor e os coordenadores são pensados como gestores na lógica de uma empresa, que deve cumprir metas, fiscalizar o cumprimento delas e tentar atingir essas metas de todas as formas.


Temos uma mudança de referências quando a própria equipe de coordenação da escola se torna uma equipe de gestores. No documento Pátria Educadora há uma possibilidade de punição dos professores que não cumprirem as metas.


 

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Ministro Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Mangabeira Unger.
Por sinal, o Pátria Educadora é um dos programas carro chefe do governo federal. Como você avalia este documento?

Não casualmente, esse documento foi elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), atualmente dirigido pelo ministro Mangabeira Unger. Ele parte de um diagnóstico de que o modelo de desenvolvimento baseado em commodities se esgotou com a crise mundial, com seus preços despencando depois daquele período de ouro entre 2004 e 2009.


Com a desvalorização dessas commodities, Mangabeira chama atenção para o fato de que o Brasil deveria buscar outra forma de inserção na economia mundial que não fosse apenas de commodities.


E a minha hipótese é que eles estão sinalizando nesse documento que o Brasil deveria ser uma espécie de plataforma de exportação, assim como já existe na fronteira norte do México, em alguns países asiáticos - o modelo chinês foi isso nos anos 90, de ser um local em que a força de trabalho é muito explorada, recebe um treinamento específico que permite uma exploração muito grande, e esses países entram em circuitos de produção industrial de maneira subalterna, explorando o que seriam sua vantagens comparativas: baixo custo de energia, da força de trabalho, baixa regulamentação ambiental, e isso daria vantagens competitivas novamente ao país.


O drama é que a concepção do Pátria Educadora tem como correspondência a ideia de que a formação da maior parte da força de trabalho no Brasil deve ser por um trabalho mais simples, e isso tem consequências pedagógicas muito grande.


Se é para formar para o trabalho simples, a maior parte das escolas podem ser instituições estruturadas para a formação de um trabalho de menor complexidade, que seria desdobrados em processos de formação técnica de cursos de curta duração, cujo exemplo mais conhecido é o Pronatec, em que grande parte dos cursos são aligeirados para a formação de uma força de trabalho simples - tanto aquela que já estará inserida no mercado quanto aquela que constitui o que podemos denominar de um exército industrial de reserva.


O documento Pátria Educadora altera a racionalidade da organização da escola quando vislumbra escolas que vão formar forças de trabalho de menor complexidade. É importante destacar que no documento encontramos uma formulação muito perigosa de enormes consequências para o futuro da educação brasileira, que é a referência que o Mangabeira faz da adoção de um modelo tipo SUS (Sistema Único de Saúde).


O que é isso?


O modelo SUS teve como objetivo assegurar o direito ao atendimento à saúde de maneira universal, e isso poderia ser feito tanto pelo órgãos públicos quanto pelas entidades privadas.


Quando Mangabeira reivindica o modelo SUS, claramente está sinalizando que a formação do conjunto da classe trabalhadora deveria ser feita em nome de uma suposta democratização, realizada tanto pelas instituições públicas quanto pelas organizações privadas.


Isso é congruente com o PNE aprovado em 2014, ao estabelecer que a verba pública é aquela utilizada nas instituições públicas, mas também em todas as parcerias público-privadas, como o FIES, PROUNI, Ciências Sem Fronteira, PRONATEC, Pronacampo, sistema S, tudo isso entra como recurso público.
    
 

A rigor, estamos diante de uma política que pode indiferenciar as instituições públicas e privadas em detrimento do público, já que as corporações também se acercam da educação básica.

Em setembro acontecerá o 2° Encontro Nacional dos Educadores e Educadoras da Reforma Agrária (Enera), em Brasília. Como o Enera se insere nesta conjuntura?


Tenho uma expectativa muito positiva em relação ao segundo Enera. No primeiro Enera tivemos a constituição de outra perspectiva pedagógica para a educação brasileira, que foi a Educação do Campo, uma conceituação do que seria uma educação pública voltada para o campo, mas com um horizonte de formação humana que ultrapassa o campo.


Foi certamente uma proposta que promoveu sínteses brilhantes entre uma perspectiva crítica que vem do campo marxista, da ideia da escola unitária, do trabalho, ao compreender que o trabalho deveria ser um elemento simbólico, imaginativo, capaz de nos constituir como seres humanos, e que portanto a escola é o lugar da cultura, da arte, da ciência, da tecnologia, e não uma instituição livresca. É uma instituição que tem interação com o mundo, com a vida, com os processos de trabalho, com a produção real da cultura em diversos espaços, como pensar no que significa a agricultura no Brasil.


Foi uma proposta pedagógica que promoveu sínteses incorporando pensamento critico marxista, tradição latino-americana de educação popular, particularmente com Paulo Freire, e criou bases para um pensamento pedagógico socialista.


O segundo Enera, a meu ver, está desafiado pela conjuntura a fazer um balanço do que foi essa mercantilização e de como o capital está tentando se apropriar do conjunto da educação básica.


Ao fazer essa reflexão, certamente o Enera vai ajudar a criar bases para uma perspectiva de educação pública unitária capaz de contrapor a educação frente à lógica de movimentos empresariais como o Todos pela Educação.

Pode haver incorporações de elementos novos na nossa reflexão sobre a pedagogia socialista que respondam desafios da ofensiva do capital, mas sobretudo respondam os anseios que estão pulsando em todo o país em torno da educação pública.

Como as últimas greves na educação?

Podemos problematizar a fragmentação das lutas pela educação, o fato de que muitas vezes são lutas econômicas e corporativas, que estão vinculadas as políticas municipais e estaduais, mas não tenho dúvidas de que essas lutas que estão pulsando no país estão enfrentando aspectos dessa pedagogia do capital, criticando a meritocracia, a racionalidade das competências e dos sistemas centralizados de avaliação, o uso de cartilhas.

Temos críticas reais a essa lógica de controle que o capital está buscando sobre a educação básica, mas precisamos sistematizar isso com outros fundamentos pedagógicos, e aprofundando a experiência que foi construída a partir do primeiro Enera.

No segundo Enera acredito que novas dimensões para essa pedagogia socialista vão ser esboçados, e não como o resultado de um processo em que os especialistas de educação do MST vão se reunir e pensar o que seria essa agenda.

Ao contrário, como resultado de uma articulação de movimentos que estão fazendo educação pública e estão buscando uma educação criativa, que estão fazendo as lutas de resistências com as greves, mobilizações, com a participação de estudantes.

Esta riqueza de produções que estão em circulação nas lutas em defesa da educação pública que podem criar uma sistematização maior. Creia condições para que possamos ampliar esta aliança entre experiências da luta urbana com as que vieram do campo, produzindo novas sínteses e novas possibilidades para que a classe trabalhadora tenha sua própria agenda para o futuro da educação pública.

É um processo longo e exigirá um esforço organizativo e intelectual de enorme envergadura. Temos que ter uma produção pedagógica mais sistematizadas, mais profunda, para criarmos a base desse pensamento pedagógico crítico, que assegure uma formação integral, mas uma educação que recusa a divisão dos seres humanos em dois grupos: um que pensa e mando, outro que executa e obedece.

Essas bases para uma proposta socialista estão sendo gestadas nas lutas, mas com o ENERA podemos ganhar um momento de qualidade no terreno da elaboração, articulação e organização em defesa desse projeto de novo tipo.

FONTE: MST
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