Em um ecossistema, os seres vivos relacionam-se com o ambiente físico e também entre si, formando o que chamamos de relações ecológicas.
As relações ecológicas ocorrem dentro da mesma população
(isto é, entre indivíduos da mesma espécie), ou entre populações
diferentes (entre indivíduos de espécies diferentes). Essas relações
estabelecem-se na busca por alimento, água, espaço, abrigo, luz ou
parceiros para reprodução.
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A seguir veremos alguns exemplos desses tipos de relações.
Relações Harmônicas (relações positivas)
Intra-específica (entre indivíduos da mesma espécie)
Sociedade
União permanente entre indivíduos em que há divisão de trabalho. Ex.: insetos sociais (abelhas, formigas e cupins)
O que mais chama a atenção em uma
colméia é a sua organização. Todo o trabalho é feito por abelhas que não
se reproduzem, as operárias. Elas se encarregam de colher o néctar das
flores, de limpar e defender a colméia e de alimentar as rainhas e as
larvas (as futuras abelhas) com mel, que é produzido a partir do néctar.
A rainha é a única fêmea fértil da
colméia coloca os ovos que irão originar outras operárias e também os
zangões (os machos), cuja única função é fecundar a rainha.
Portanto, uma sociedade é composta por um grupo de indivíduos da mesma espécie que vivem juntos de forma a permanente e cooperando entre si.
Entre os mamíferos também encontramos
vários exemplos de sociedades, como os dos castores, a dos gorilas, a
dos babuínos e a da própria espécie humana. A divisão de trabalho não é
tão rigorosa quanto as abelhas, mas também há varias formas de
cooperação. É comum, por exemplo, um animal soltar um grito de alarme
quando vê um predador se aproximar do grupo; ou mesmo um animal dividir
alimento com outros.
Colônia
Associação anatômica formando uma unidade estrutural e funcional. Ex.: coral-cérebro, caravela.
Colônia é um grupo de organismos da mesma espécie que
formam uma entidade diferente dos organismos individuais. Por vezes,
alguns destes indivíduos especializam-se em determinadas funções
necessárias à colônia. Um recife de coral, por exemplo, é construído por
milhões de pequenos animais (pólipos) que secretam à sua volta um
esqueleto rígido. A garrafa-azul (Physalia) é formada por centenas de
pólipos seguros a um flutuador, especializados nas diferentes funções,
como a alimentação e a defesa; cada um deles não sobrevive isolado da
colônia.
As bactérias e outros organismos unicelulares também se agrupam muitas vezes dentro de um invólucro mucoso.
As abelhas e formigas, por outro lado, diferenciam-se
em rainha, zangão com funções reprodutivas e as obreiras (ou operárias)
com outras funções, mas cada indivíduo pode sobreviver separadamente.
Por isso, estas espécies são chamadas eusociais, ou seja, formam uma sociedade e não uma colônia.
Interespecífica (entre indivíduos de espécies diferentes)
Mutualismo
Associação obrigatória entre
indivíduos, em que ambos se beneficiam. Ex.: líquen, bois e
microorganismos do sistema digestório.
Abelhas, beija-flores e borboletas são
alguns animais que se alimentam do néctar das flores. O néctar é
produzido na base das pétalas das flores e é um produto rico em
açucares. Quando abelhas, borboletas e beija-flores colhem o néctar,
grãos de pólen se depositam em seu corpo. O pólen contém células
reprodutoras masculinas da planta. Pousando em outra flor, esses insetos
deixam cair o pólen na parte feminina da planta. As duas células
reprodutoras - a masculina e a feminina - irão então se unir e dar
origem ao embrião (contido dentro da semente). Perceba que existe uma
relação entre esses insetos e a planta em que ambos lucram. Esse tipo de relação entre duas espécies diferentes e que traz benefícios para ambas é chamada mutualismo. Os animais polinizadores obtêm alimento e a planta se reproduz.
Outro exemplo, é os liquens,
associação mutualística entre algas e fungos. Os fungos protegem as
algas e fornecem-lhes água, sais minerais e gás carbônico, que retiram
do ambiente. As algas, por sua vez, fazem a fotossíntese e, assim,
produzem parte do alimento consumido pelos fungos.
Liquens e polinizadores
Fonte: Só Biologia
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