sábado, 21 de março de 2015

Para aliados, Cid Gomes se fortalece para 2018

Na última quarta-feira, Cid Gomes foi ao Congresso para se explicar sobre a acusação de que havia achacadores na Câmara






















De acordo com fontes ouvidas pelo O POVO, o agora ex-ministro pode se apresentar com discurso de renovação política para eleitores desencantados, apesar de seu futuro seguir incerto. Perda de espaço nacional é minimizada
Para aliados, a saída de Cid Gomes (Pros) do Ministério da Educação (MEC) na última quarta-feira, 18, deve fortalecê-lo tanto no cenário político local como no nacional. 


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De acordo com o deputado estadual Wellington Landim (Pros), que estava nas galerias da Câmara durante o bate-boca entre Cid e o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-governador do Ceará se cacifa inclusive para voos maiores em 2018. 

“A gente está vendo que a sociedade está querendo mudança, querendo renovação. E o Cid pode falar para eles”, declara. 

Segundo Landim, a tumultuada sessão que resultou na demissão de Cid foi uma “armação” para que apenas críticos do cearense tivessem a palavra. “Já fui presidente da Assembleia Legislativa. Quem deveria ter falado eram os deputados inscritos. Ele (Cunha) colocou os líderes”, ataca.

Prefeito de Sobral, Clodoveu Arruda (PT), que também compareceu à sessão, classificou a atitude de Cid como “histórica” - no plenário, o ex-ministro reiterou a acusação de que havia ali “400 ou 300 achacadores”.

“É a primeira vez que um ministro comparece ao plenário da Câmara para reafirmar o que havia dito (ao invés de se desculpar)”, disse Clodoveu. 

Conforme o prefeito, Cid também sai fortalecido. “Se a condução dele no ministério mostrou sua grandeza como gestor, a atitude o fez maior ainda, pois isso demonstrou desapego”, declarou. E acrescenta que a sociedade brasileira está em processo de renovação de suas lideranças. “O guia dessa nova geração não pode ser o Eduardo Cunha. Precisa ser pessoas como o Cid.”

Para os dois aliados, ao deixar o posto de ministro, Cid não se enfraquece. “Não é só quem está no exercício de um mandato que pode ter papel relevante”, afirma o prefeito de Sobral. 

Futuro

Enquanto Arruda preferiu não especular sobre quais devem ser os próximos passos de Cid, Wellington Landim diz que o ex-governador possivelmente deve retomar seu projeto de passar uma temporada nos Estados Unidos, plano inicial de Cid anes de assumir o MEC. Perguntado se isso não poderia reduzir sua influência na cena política local, ele disse que “não será um ano que vai fazer isso”.

Desde a última quarta-feira, quando deixou o plenário da Câmara após ser chamado de palhaço pelo deputado Sergio Zveiter (PSD-RJ), Cid se mantém recluso.

A assessoria informou que o ex-ministro continua em seu apartamento, em Fortaleza, e que não terá reuniões políticas nos próximos dias.

Números

77 dias foi o período de Cid Gomes à frente do Ministério da Educação

101 bilhões de reais é o orçamento previsto para o MEC neste ano

71 era o número de deputados inscritos para falar quando Cid deixou a Câmara 

Saiba mais

Cerca de 50 pessoas integraram a caravana cearense que foi apoiar o então ministro em sua fala na Câmara. Entre eles, o governador Camilo Santana (PT), o prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (Pros) e o presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Salmito Filho (Pros) 

De acordo com estudo da Bites Consultoria publicado pelo portal da revista Veja, o nome de Cid foi citado no Twitter, entre quarta-feira e ontem, mais de 600 milhões de vezes.

A Operação Lava Jato, no mesmo período, foi citada menos de 200 milhões. 

Quando Cid deixou o plenário e o presidente Eduardo Cunha encerrou a sessão na quarta, ainda havia 71 parlamentares inscritos para falar. Quando questionado sobre os poucos que saíram em defesa do então ministro Cid Gomes, parlamentares aliados garantiram que eles figuravam entre esses 71. 

FONTE: O POVO

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